Prefeitos do Alto Tietê se posicionam contra possibilidade de pedágio na Mogi-Dutra durante audiência pública da Artesp

Prefeitos de Mogi das Cruzes, Arujá, Itaquaquecetuba e Suzano participaram do evento que é realizado na capital paulista. Caio Cunha, prefeito de Mogi e presidente do Condemat, criticou o investimento que a cidade poderá receber em relação ao que irá arrecadar durante o período de concessão. Prefeito de Mogi das Cruzes e presidente de Condemat, Caio Cunha (Podemos) é contrário à cobrança de pedágio na Mogi-Dutra João Belarmino/TV Diário Os prefeitos das cidades do Alto Tietê se posicionaram contra a possibilidade de pedágio na Mogi-Dutra durante a audiência pública realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que acontece nesta sexta-feira (18), no auditório do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), na capital paulista. Os prefeitos Caio Cunha (Podemos), de Mogi das Cruzes, Luis Camargo (PL), de Arujá, e Eduardo Boigues (PL), de Itaquaquecetuba, estiveram no auditório do DER. Já o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL) participou através de chamada de vídeo. Durante o encontro, Caio Cunha, que também é presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), voltou a defender a realização de audiências nos municípios que serão impactados pelo projeto. “Mais uma vez a gente vê aqui que essa audiência acaba sendo um mero rito. Por que um mero rito? São 13 cidades aqui que vão ser afetadas por esse pedágio. Acho que o Tenente Coimbra foi muito certeiro aqui. Um projeto tão extenso e tão cheio de detalhes, não dá pra gente vir numa audiência pública discutir ele inteiro, sendo que cada uma das cidades tem a sua peculiaridade. Cada uma das cidades vai ser atingida de uma forma diferenciada. Eu não posso falar por Peruíbe, por Itanhaém e por Bertioga. Eu posso falar por Mogi das Cruzes”. O prefeito de Mogi e presidente do Condemat também ressaltou que, apesar de compreender a importância do projeto para o litoral do estado de São Paulo, as cidades do Alto Tietê não devem ser impactadas com a instalação de pedágio na Mogi-Dutra. “Eu acho que as vias de São Paulo são de grande qualidade e acho que o processo de concessão de PPP, de fato, é muito válido quando se requer investimentos. Porém, a gente necessita de coerência. De fato, o projeto teve alguns avanços significativos mediante aquilo que a gente se posicionou, como por exemplo, no caso de Mogi, do Alto Tietê, a retirada da Rota do Sol. Ia criar uma via expressa no meio da cidade e ia dividir mais uma vez a cidade de Mogi das Cruzes, como também agora não teremos a cobrança interna de quem mora em Arujá pra ir pro Centro da cidade ou de quem trabalha ali no Taboão. Não haverá essa cobrança interna. Também houve uma redução do valor, como foi bem apresentado ali em uma planilha”, explicou. Durante a fala, Caio Cunha criticou o investimento que Mogi das Cruzes poderá receber em relação ao que irá arrecadar durante o período de concessão. “O projeto, que antes era uma aberração, não é mais uma aberração, é um absurdo, só um absurdo. E por que esse projeto é um absurdo? Porque Mogi das Cruzes continua, praticamente, bancando o projeto sem receber benefício nenhum. Em um ano, isso conforme dados apresentados, o pedágio da Mogi-Dutra, da parte de Mogi, vai arrecadar R$ 51 milhões por ano. Isso dá em torno de 1,8 bilhão durante todo esse processo de concessão de 29 anos. E qual é o grande investimento que a concessionária ou que a empresa que ganhará ela vai fazer? Nada. O único investimento que Mogi vai receber é a duplicação da Estrada do Evangelho Pleno, 1,5 km. E conforme as planilhas da própria Artesp, é um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões. Ou seja, em um ano a gente arrecada R$ 51 milhões e a contrapartida desa grande obra é só R$ 20 milhões pro município de Mogi das Cruzes. Esses R$ 20 milhões, diante do investimento total de todo esse projeto da Baixada Santista, representam 0,5%. Sendo que Mogi das Cruzes vai representar 17% da arrecadação de todo esse projeto. Se unir Arujá, Mogi das Cruzes e a Mogi-Bertioga são 27%. Hoje eu gasto 12 centavos por quilômetro pra vir até São Paulo. Pra ir pra Arujá, eu vou gastar 21 centavos, quase o dobro. O valor de R$ 3,40 representado ali na Mogi-Dutra é um grande absurdo. Vamos falar da contrapartida e por aí vai”. Audiência pública sobre a concessão do Lote Litoral é realizada na capital paulista João Belarmino/TV Diário Em sua conclusão, o prefeito de Mogi salientou ainda possíveis alterações do projeto durante o período de concessão previsto que podem impactar negativamente para o município e a região. “O edital aponta que, a qualquer momento, a concessionária pode mudar o ponto de cobrança, desde que se respeite o trecho. Ou seja, uma hora ele vai estar no quilômetro 41, outro vai estar na porta de Mogi, ou seja, a concessionária, de acordo com o que quiser, ela faz. Outra coisa é a alteração do valor sem qualquer critério. A gente está falando aqui de diversas cidades que vão ser impactadas por isso. Boa parte dos mogianos trabalham e

Prefeitos do Alto Tietê se posicionam contra possibilidade de pedágio na Mogi-Dutra durante audiência pública da Artesp

Prefeitos de Mogi das Cruzes, Arujá, Itaquaquecetuba e Suzano participaram do evento que é realizado na capital paulista. Caio Cunha, prefeito de Mogi e presidente do Condemat, criticou o investimento que a cidade poderá receber em relação ao que irá arrecadar durante o período de concessão. Prefeito de Mogi das Cruzes e presidente de Condemat, Caio Cunha (Podemos) é contrário à cobrança de pedágio na Mogi-Dutra João Belarmino/TV Diário Os prefeitos das cidades do Alto Tietê se posicionaram contra a possibilidade de pedágio na Mogi-Dutra durante a audiência pública realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que acontece nesta sexta-feira (18), no auditório do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), na capital paulista. Os prefeitos Caio Cunha (Podemos), de Mogi das Cruzes, Luis Camargo (PL), de Arujá, e Eduardo Boigues (PL), de Itaquaquecetuba, estiveram no auditório do DER. Já o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL) participou através de chamada de vídeo. Durante o encontro, Caio Cunha, que também é presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), voltou a defender a realização de audiências nos municípios que serão impactados pelo projeto. “Mais uma vez a gente vê aqui que essa audiência acaba sendo um mero rito. Por que um mero rito? São 13 cidades aqui que vão ser afetadas por esse pedágio. Acho que o Tenente Coimbra foi muito certeiro aqui. Um projeto tão extenso e tão cheio de detalhes, não dá pra gente vir numa audiência pública discutir ele inteiro, sendo que cada uma das cidades tem a sua peculiaridade. Cada uma das cidades vai ser atingida de uma forma diferenciada. Eu não posso falar por Peruíbe, por Itanhaém e por Bertioga. Eu posso falar por Mogi das Cruzes”. O prefeito de Mogi e presidente do Condemat também ressaltou que, apesar de compreender a importância do projeto para o litoral do estado de São Paulo, as cidades do Alto Tietê não devem ser impactadas com a instalação de pedágio na Mogi-Dutra. “Eu acho que as vias de São Paulo são de grande qualidade e acho que o processo de concessão de PPP, de fato, é muito válido quando se requer investimentos. Porém, a gente necessita de coerência. De fato, o projeto teve alguns avanços significativos mediante aquilo que a gente se posicionou, como por exemplo, no caso de Mogi, do Alto Tietê, a retirada da Rota do Sol. Ia criar uma via expressa no meio da cidade e ia dividir mais uma vez a cidade de Mogi das Cruzes, como também agora não teremos a cobrança interna de quem mora em Arujá pra ir pro Centro da cidade ou de quem trabalha ali no Taboão. Não haverá essa cobrança interna. Também houve uma redução do valor, como foi bem apresentado ali em uma planilha”, explicou. Durante a fala, Caio Cunha criticou o investimento que Mogi das Cruzes poderá receber em relação ao que irá arrecadar durante o período de concessão. “O projeto, que antes era uma aberração, não é mais uma aberração, é um absurdo, só um absurdo. E por que esse projeto é um absurdo? Porque Mogi das Cruzes continua, praticamente, bancando o projeto sem receber benefício nenhum. Em um ano, isso conforme dados apresentados, o pedágio da Mogi-Dutra, da parte de Mogi, vai arrecadar R$ 51 milhões por ano. Isso dá em torno de 1,8 bilhão durante todo esse processo de concessão de 29 anos. E qual é o grande investimento que a concessionária ou que a empresa que ganhará ela vai fazer? Nada. O único investimento que Mogi vai receber é a duplicação da Estrada do Evangelho Pleno, 1,5 km. E conforme as planilhas da própria Artesp, é um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões. Ou seja, em um ano a gente arrecada R$ 51 milhões e a contrapartida desa grande obra é só R$ 20 milhões pro município de Mogi das Cruzes. Esses R$ 20 milhões, diante do investimento total de todo esse projeto da Baixada Santista, representam 0,5%. Sendo que Mogi das Cruzes vai representar 17% da arrecadação de todo esse projeto. Se unir Arujá, Mogi das Cruzes e a Mogi-Bertioga são 27%. Hoje eu gasto 12 centavos por quilômetro pra vir até São Paulo. Pra ir pra Arujá, eu vou gastar 21 centavos, quase o dobro. O valor de R$ 3,40 representado ali na Mogi-Dutra é um grande absurdo. Vamos falar da contrapartida e por aí vai”. Audiência pública sobre a concessão do Lote Litoral é realizada na capital paulista João Belarmino/TV Diário Em sua conclusão, o prefeito de Mogi salientou ainda possíveis alterações do projeto durante o período de concessão previsto que podem impactar negativamente para o município e a região. “O edital aponta que, a qualquer momento, a concessionária pode mudar o ponto de cobrança, desde que se respeite o trecho. Ou seja, uma hora ele vai estar no quilômetro 41, outro vai estar na porta de Mogi, ou seja, a concessionária, de acordo com o que quiser, ela faz. Outra coisa é a alteração do valor sem qualquer critério. A gente está falando aqui de diversas cidades que vão ser impactadas por isso. Boa parte dos mogianos trabalham em São Paulo. Mogi das Cruzes abastece com 29% a Ceagesp. Embora, graças a Deus, a gente vai ter o centro de abastecimento em Itaquá, mas mesmo assim vai ter que pagar pedágio. Toda a nossa região, tendo em vista que não há contrapartida nenhuma dos 17% que serão arrecadados só em Mogi das Cruzes, dos 25% que serão arrecadados por nossa região, 0,5% vai ser de contrapartida de investimento pra nossa cidade”. Os prefeitos de Arujá, Itaquaquecetuba e Suzano também manifestaram posições contrárias à instalação de pedágios na Mogi-Dutra, com a justificativa de que a tarifa irá afetar o comércio, a indústria, a saúde, a mobilidade urbana e outros setores do Alto Tietê. Representantes do Sincomércio, Associação Comercial de Mogi das Cruzes e Movimento Pedágio Não também compareceram à audiência pública, manifestando repúdio à possibilidade da Mogi-Dutra passar a ter a cobrança de pedágio. A população pode enviar sugestões em relação ao projeto no site da Artesp, até o dia 4 de setembro. Assista a mais notícais sobre o Alto Tietê