Jovens Líderes pela Paz: iniciativa combate o bullying nas escolas em uma das regiões mais violentas do DF
A transformação começou em Ceilândia há um ano e, agora, o projeto já engloba 15 escolas, com 350 jovens líderes envolvidos e tem 15 mil alunos impactados. ‘Jovens Líderes pela Paz’: iniciativa combate o bullying nas escolas no DF Em Ceilândia, uma das regiões mais populosas e violentas do Distrito Federal, um grupo de jovens decidiu lançar uma iniciativa dedicada à paz nas escolas. O projeto Jovens Líderes pela Paz visa combater o bullying e a violência nas instituições de ensino, buscando criar um ambiente mais acolhedor para todos. É uma iniciativa ambiciosa, principalmente, diante da percepção de que as escolas não são seguras, principalmente as públicas. Uma pesquisa que ouviu 1.001 pessoas, realizada no DF, mostrou que 70% dos entrevistados compartilham essa preocupação. “Se a gente quer melhorar a qualidade de ensino, se a gente quer diminuir a violência, é necessário que a gente coloque essa mudança na mão dos estudantes e que eles mesmo façam isso acontecer”, diz Isabela Rodrigues, a fundadora do Jovens Líderes pela Paz. Cartaz em escola diz: "Pensamentos felizes fazem a gente voar" Reprodução/TV Globo Estrutura do projeto e prêmio A transformação começou em Ceilândia há um ano, e agora o projeto já engloba 15 escolas, com 350 jovens líderes envolvidos e mais de 15 mil alunos impactados. O projeto se divide em cinco partes: uma cartilha sobre paz no ambiente escolar; Semana da Saúde Mental com palestras de psicólogos voluntários; formação de grupos de interesse, como clubes de teatro e robótica; um mural de oportunidades com cursos e empregos para os mais velhos; busca ativa por alunos que deixaram de frequentar a escola. Em abril, a ideia foi uma das vencedoras do Prêmio LED, uma iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho que incentiva soluções inovadoras na educação. Jovens Líderes pela Paz foi um dos projetos ganhadores do prêmio LED Reprodução/TV Globo Os fundadores O Globo Repórter foi até a comunidade do Sol Nascente, a maior favela do Brasil conforme o último censo do IBGE, uma área com poucos recursos e muitas dificuldades. É lá que mora Isabela, uma das fundadoras do projeto Jovens Líderes pela Paz. "Se queremos melhorar a qualidade do ensino e diminuir a violência, é necessário que coloquemos essa mudança nas mãos dos estudantes e que eles mesmos façam isso acontecer", afirma Isabela. Isabela vem de uma família grande que coloca a educação como prioridade. Com oito irmãos e vivendo em uma casa simples, ela, assim como alguns de seus irmãos mais velhos, concilia trabalho com estudos, mesmo que isso signifique um grande sacrifício. Isabela dorme apenas três horas por dia. Ela aspira a se tornar médica, e seu sonho é continuar os estudos no exterior para se tornar uma neurocientista se conseguir uma vaga em uma universidade estrangeira. "A minha mãe é empregada doméstica e meu pai é pedreiro. Então, o meu objetivo de vida é que eu possa, através da educação e dos meus estudos, oferecer uma vida melhor para eles...", compartilha Isabela. O sucesso do projeto também é atribuído à gêmea de Isabela, Isadora, e a Eduardo, que atualmente estuda em Harvard e faz estágio na Tailândia. Irmãs gêmeas, Isabela e Isadora, idealizadoras do Jovens Líderes pela Paz Reprodução/TV Globo Eduardo Vasconcelos, fundador do Jovens Líderes pela Paz, destaca: "São reuniões com mais de 100 educadores e um processo de construção democrática muito bonito. É isso que alimenta nossa esperança na educação pública brasileira. É quando vemos escolas antes consideradas violentas se tornando portos seguros, onde os alunos querem ir porque é lá que encontram um lugar para desenvolver seu potencial." Assista à íntegra do programa abaixo: Edição de 01/09/2023 Confira as últimas reportagens do Globo Repórter:
A transformação começou em Ceilândia há um ano e, agora, o projeto já engloba 15 escolas, com 350 jovens líderes envolvidos e tem 15 mil alunos impactados. ‘Jovens Líderes pela Paz’: iniciativa combate o bullying nas escolas no DF Em Ceilândia, uma das regiões mais populosas e violentas do Distrito Federal, um grupo de jovens decidiu lançar uma iniciativa dedicada à paz nas escolas. O projeto Jovens Líderes pela Paz visa combater o bullying e a violência nas instituições de ensino, buscando criar um ambiente mais acolhedor para todos. É uma iniciativa ambiciosa, principalmente, diante da percepção de que as escolas não são seguras, principalmente as públicas. Uma pesquisa que ouviu 1.001 pessoas, realizada no DF, mostrou que 70% dos entrevistados compartilham essa preocupação. “Se a gente quer melhorar a qualidade de ensino, se a gente quer diminuir a violência, é necessário que a gente coloque essa mudança na mão dos estudantes e que eles mesmo façam isso acontecer”, diz Isabela Rodrigues, a fundadora do Jovens Líderes pela Paz. Cartaz em escola diz: "Pensamentos felizes fazem a gente voar" Reprodução/TV Globo Estrutura do projeto e prêmio A transformação começou em Ceilândia há um ano, e agora o projeto já engloba 15 escolas, com 350 jovens líderes envolvidos e mais de 15 mil alunos impactados. O projeto se divide em cinco partes: uma cartilha sobre paz no ambiente escolar; Semana da Saúde Mental com palestras de psicólogos voluntários; formação de grupos de interesse, como clubes de teatro e robótica; um mural de oportunidades com cursos e empregos para os mais velhos; busca ativa por alunos que deixaram de frequentar a escola. Em abril, a ideia foi uma das vencedoras do Prêmio LED, uma iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho que incentiva soluções inovadoras na educação. Jovens Líderes pela Paz foi um dos projetos ganhadores do prêmio LED Reprodução/TV Globo Os fundadores O Globo Repórter foi até a comunidade do Sol Nascente, a maior favela do Brasil conforme o último censo do IBGE, uma área com poucos recursos e muitas dificuldades. É lá que mora Isabela, uma das fundadoras do projeto Jovens Líderes pela Paz. "Se queremos melhorar a qualidade do ensino e diminuir a violência, é necessário que coloquemos essa mudança nas mãos dos estudantes e que eles mesmos façam isso acontecer", afirma Isabela. Isabela vem de uma família grande que coloca a educação como prioridade. Com oito irmãos e vivendo em uma casa simples, ela, assim como alguns de seus irmãos mais velhos, concilia trabalho com estudos, mesmo que isso signifique um grande sacrifício. Isabela dorme apenas três horas por dia. Ela aspira a se tornar médica, e seu sonho é continuar os estudos no exterior para se tornar uma neurocientista se conseguir uma vaga em uma universidade estrangeira. "A minha mãe é empregada doméstica e meu pai é pedreiro. Então, o meu objetivo de vida é que eu possa, através da educação e dos meus estudos, oferecer uma vida melhor para eles...", compartilha Isabela. O sucesso do projeto também é atribuído à gêmea de Isabela, Isadora, e a Eduardo, que atualmente estuda em Harvard e faz estágio na Tailândia. Irmãs gêmeas, Isabela e Isadora, idealizadoras do Jovens Líderes pela Paz Reprodução/TV Globo Eduardo Vasconcelos, fundador do Jovens Líderes pela Paz, destaca: "São reuniões com mais de 100 educadores e um processo de construção democrática muito bonito. É isso que alimenta nossa esperança na educação pública brasileira. É quando vemos escolas antes consideradas violentas se tornando portos seguros, onde os alunos querem ir porque é lá que encontram um lugar para desenvolver seu potencial." Assista à íntegra do programa abaixo: Edição de 01/09/2023 Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: