Após perder a perna em acidente de trabalho, morador organiza arrecadação para comprar prótese: ‘Quero a minha vida de volta’
Douglas Adenaldo César teve a perna esmagada por uma barreira de proteção de concreto em uma obra de duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em São Roque (SP). Douglas teve a perna amputada após ser esmagado por uma barreira Arquivo pessoal Para a maioria das pessoas, caminhar e ir às ruas comer pastel na feira são atividades consideradas simples e até mesmo "banais". Mas, para Douglas Adenaldo César, saíram da rotina e se transformaram em um sonho de vida após um fatídico acidente. Em setembro de 2023, Douglas teve a perna esmagada por uma barreira de proteção de concreto em uma obra de duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em São Roque (SP). Ao g1, o trabalhador contou que seus colegas tentaram levantar o objeto, que acabou caindo uma segunda vez em cima de sua perna. Ele foi socorrido e encaminhado para o hospital, onde precisou passar por uma cirurgia de amputação. Desde então, Douglas conta que tem passado por situações difíceis em casa e que continua sem poder trabalhar. Por isso, ele abriu uma campanha de arrecadação financeira para conseguir comprar uma prótese. “Criei esse projeto com o apoio dos meus amigos e do meu advogado. Com a prótese, consigo voltar a trabalhar. Não estou conseguindo sequer dar atenção para os meus 4 filhos. Quero a minha vida de volta para principalmente poder ajudar a minha mãe, que tem câncer”, conta. Douglas perdeu a perna em um acidente de trabalho há cerca de cinco meses Arquivo pessoal "Procuro não pensar muito em tudo o que aconteceu para não me frustrar ou entrar em depressão. Tenho uma dificuldade de locomoção absurda, fora o meu estado de saúde mental. Não consigo sequer levar minha filha comer um pastel na feira por medo de alguém esbarrar na muleta e eu cair”, diz. O trabalhador também alega que as condições de trabalho nas da Rodovia Raposo Tavares, administrada pela CCR ViaOeste, são perigosas e precárias. No dia do acidente, segundo ele, não havia nenhum técnico de segurança da empresa presente no local. Ainda de acordo com Douglas, as empresas não oferecem treinamento para os funcionários. "Tive três cargos lá dentro e ninguém nunca me treinou para nada, o que é preocupante”, acrescenta. Desde então, Douglas tem sentido muitas dores e limitação física Arquivo pessoal Desde a data do acidente, há quase cinco meses, Douglas alega que a CCR ViaOeste nunca entrou em contato ou oferecer algum tipo de auxílio. Já a Neopav, empresa terceirizada, repassou seu pagamento com um valor abaixo do usual. “A Neopav, empresa que faço parte, me ajudou com medicamentos e enfermeira. Em novembro, recebi apenas metade do meu salário. Mesmo tendo o número do proprietário, não consigo entrar em contato. Tem sido muito difícil”, lamenta. Após perder a perna em acidente, morador organiza arrecadação para comprar prótese Em nota, a CCR ViaOeste afirma que todos os colaboradores que prestam serviços para a concessionária passam por treinamentos e precisam estar aptos para desempenharem suas devidas tarefas. "A concessionária ressalta que preza pelo cumprimento das leis trabalhistas e prioriza as regras de segurança e integridade de seus colaboradores diretos e indiretos, pois são valores inegociáveis para a companhia", diz a nota. A organização também alega que entrou em contato com a Neopav, que diz continuar prestando todos os serviços necessários à Douglas. Além disso, todas as tratativas relacionadas ao caso estão em andamento na ação judicial promovida por ele. *Colaborou sob supervisão de Júlia Martins Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: Assista as reportagens da TV TEM
Douglas Adenaldo César teve a perna esmagada por uma barreira de proteção de concreto em uma obra de duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em São Roque (SP). Douglas teve a perna amputada após ser esmagado por uma barreira Arquivo pessoal Para a maioria das pessoas, caminhar e ir às ruas comer pastel na feira são atividades consideradas simples e até mesmo "banais". Mas, para Douglas Adenaldo César, saíram da rotina e se transformaram em um sonho de vida após um fatídico acidente. Em setembro de 2023, Douglas teve a perna esmagada por uma barreira de proteção de concreto em uma obra de duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em São Roque (SP). Ao g1, o trabalhador contou que seus colegas tentaram levantar o objeto, que acabou caindo uma segunda vez em cima de sua perna. Ele foi socorrido e encaminhado para o hospital, onde precisou passar por uma cirurgia de amputação. Desde então, Douglas conta que tem passado por situações difíceis em casa e que continua sem poder trabalhar. Por isso, ele abriu uma campanha de arrecadação financeira para conseguir comprar uma prótese. “Criei esse projeto com o apoio dos meus amigos e do meu advogado. Com a prótese, consigo voltar a trabalhar. Não estou conseguindo sequer dar atenção para os meus 4 filhos. Quero a minha vida de volta para principalmente poder ajudar a minha mãe, que tem câncer”, conta. Douglas perdeu a perna em um acidente de trabalho há cerca de cinco meses Arquivo pessoal "Procuro não pensar muito em tudo o que aconteceu para não me frustrar ou entrar em depressão. Tenho uma dificuldade de locomoção absurda, fora o meu estado de saúde mental. Não consigo sequer levar minha filha comer um pastel na feira por medo de alguém esbarrar na muleta e eu cair”, diz. O trabalhador também alega que as condições de trabalho nas da Rodovia Raposo Tavares, administrada pela CCR ViaOeste, são perigosas e precárias. No dia do acidente, segundo ele, não havia nenhum técnico de segurança da empresa presente no local. Ainda de acordo com Douglas, as empresas não oferecem treinamento para os funcionários. "Tive três cargos lá dentro e ninguém nunca me treinou para nada, o que é preocupante”, acrescenta. Desde então, Douglas tem sentido muitas dores e limitação física Arquivo pessoal Desde a data do acidente, há quase cinco meses, Douglas alega que a CCR ViaOeste nunca entrou em contato ou oferecer algum tipo de auxílio. Já a Neopav, empresa terceirizada, repassou seu pagamento com um valor abaixo do usual. “A Neopav, empresa que faço parte, me ajudou com medicamentos e enfermeira. Em novembro, recebi apenas metade do meu salário. Mesmo tendo o número do proprietário, não consigo entrar em contato. Tem sido muito difícil”, lamenta. Após perder a perna em acidente, morador organiza arrecadação para comprar prótese Em nota, a CCR ViaOeste afirma que todos os colaboradores que prestam serviços para a concessionária passam por treinamentos e precisam estar aptos para desempenharem suas devidas tarefas. "A concessionária ressalta que preza pelo cumprimento das leis trabalhistas e prioriza as regras de segurança e integridade de seus colaboradores diretos e indiretos, pois são valores inegociáveis para a companhia", diz a nota. A organização também alega que entrou em contato com a Neopav, que diz continuar prestando todos os serviços necessários à Douglas. Além disso, todas as tratativas relacionadas ao caso estão em andamento na ação judicial promovida por ele. *Colaborou sob supervisão de Júlia Martins Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: Assista as reportagens da TV TEM