Em depoimento à PF, Moraes relata que foi xingado de 'ladrão' e que seu filho levou tapa de agressor
Alexandre de Moraes, esposa e filhos falaram à PF; segundo a família, agressores usaram termos como 'comunista', 'bandido' e 'comprado'. Investigação deve usar imagens das câmeras de segurança. O ministro do STF Alexandre de Moraes, em imagem de arquivo TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Os cinco depoimentos prestados por Alexandre de Moraes e familiares à Polícia Federal afirmam que as ofensas e agressões sofridas pela família no Aeroporto Internacional de Roma, há duas semanas, tiveram motivação política. Nos depoimentos, Moraes, a mulher e os três filhos dizem que os agressores tinham a intenção de "constranger" o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com Moraes e família, a mulher identificada como Andréa Munarão abordou o ministro enquanto ele se credenciava para acessar uma sala VIP no aeroporto em Roma e começou a chamá-lo de "comunista", "bandido" e "comprado". Já dentro da sala, Andréa passou a gravar Moraes com o celular e a gritar para seus filhos que o ministro havia "fraudado as urnas e roubado as eleições". Moraes e familiares prestam depoimento sobre hostilidades sofridas no aeroporto de Roma Ainda de acordo com os depoimentos, Andréa foi alertada pelos filhos de Moraes que, se prosseguisse com as ofensas, seria gravada e processada. Neste momento, ela teria chamado o marido, Roberto Mantovani, que estava a poucos metros de distância. Roberto, então, teria começado também a agredir a família de Moraes. Os depoimentos dizem que o homem avançou na direção do filho do ministro, chamando-o de "filho de bandido, comunista, ladrão". Parado à porta da sala VIP, o filho de Moraes tentou pegar o celular para gravar as agressões. Foi neste momento que, segundo os depoimentos, Roberto Mantovani deu um tapa no rosto do filho de Moraes e derrubou seu óculos. O empresário foi contido por um estrangeiro e chegou a ir embora mas, momentos depois, retornou à sala e continuou a gravar a família de Moraes a proferir ofensas. Neste momento, de acordo com os depoimentos à PF, Moraes foi em direção aos agressores e disse que aquela era a segunda vez que ofendiam e agrediam sua família – e que tiraria fotos para identificá-los e processá-los no Brasil. As ofensas, no entanto, continuaram por parte de Roberto Mantovani, Andréa Munarão e do genro do casal, Alex Zanatta. O ministro tirou as fotos e, em seguida, se retirou com a família. Nos cinco depoimentos, Moraes, mulher e filhos dizem ainda que as imagens dos circuitos de segurança do Aeroporto Internacional de Roma comprovarão essa dinâmica. O que dizem os investigados O casal Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão negou, em depoimento à Polícia Federal, ter agredido o filho de Alexandre de Moraes. Segundo a defesa, Roberto admite ter "afastado com o braço" o filho do ministro para defender a esposa. Ele relata que Andreia e Roberto foram vítimas de ofensas por parte do filho de Moraes. Eles afirmam que, na verdade, foram vítimas de ofensas por parte do filho de Moraes, segundo o advogado de defesa Ralph Tórtima Stettinger. Andréia admite que comentou que Moraes teria recebido privilégio ao entrar em uma sala VIP do aeroporto que eles não conseguiram acessar – mas que falou isso quando o ministro já não estava no local. Roberto afirmou à PF, ainda, que não sabia que a discussão era com o filho de um ministro do STF. "Somente quando desembarcaram e foram abordados pela Polícia Federal no aeroporto é que tomaram conhecimento que se tratava de um filho do ministro", diz. Advogado diz que Alexandre de Moraes fez ofensas à família no aeroporto de Roma
Alexandre de Moraes, esposa e filhos falaram à PF; segundo a família, agressores usaram termos como 'comunista', 'bandido' e 'comprado'. Investigação deve usar imagens das câmeras de segurança. O ministro do STF Alexandre de Moraes, em imagem de arquivo TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Os cinco depoimentos prestados por Alexandre de Moraes e familiares à Polícia Federal afirmam que as ofensas e agressões sofridas pela família no Aeroporto Internacional de Roma, há duas semanas, tiveram motivação política. Nos depoimentos, Moraes, a mulher e os três filhos dizem que os agressores tinham a intenção de "constranger" o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com Moraes e família, a mulher identificada como Andréa Munarão abordou o ministro enquanto ele se credenciava para acessar uma sala VIP no aeroporto em Roma e começou a chamá-lo de "comunista", "bandido" e "comprado". Já dentro da sala, Andréa passou a gravar Moraes com o celular e a gritar para seus filhos que o ministro havia "fraudado as urnas e roubado as eleições". Moraes e familiares prestam depoimento sobre hostilidades sofridas no aeroporto de Roma Ainda de acordo com os depoimentos, Andréa foi alertada pelos filhos de Moraes que, se prosseguisse com as ofensas, seria gravada e processada. Neste momento, ela teria chamado o marido, Roberto Mantovani, que estava a poucos metros de distância. Roberto, então, teria começado também a agredir a família de Moraes. Os depoimentos dizem que o homem avançou na direção do filho do ministro, chamando-o de "filho de bandido, comunista, ladrão". Parado à porta da sala VIP, o filho de Moraes tentou pegar o celular para gravar as agressões. Foi neste momento que, segundo os depoimentos, Roberto Mantovani deu um tapa no rosto do filho de Moraes e derrubou seu óculos. O empresário foi contido por um estrangeiro e chegou a ir embora mas, momentos depois, retornou à sala e continuou a gravar a família de Moraes a proferir ofensas. Neste momento, de acordo com os depoimentos à PF, Moraes foi em direção aos agressores e disse que aquela era a segunda vez que ofendiam e agrediam sua família – e que tiraria fotos para identificá-los e processá-los no Brasil. As ofensas, no entanto, continuaram por parte de Roberto Mantovani, Andréa Munarão e do genro do casal, Alex Zanatta. O ministro tirou as fotos e, em seguida, se retirou com a família. Nos cinco depoimentos, Moraes, mulher e filhos dizem ainda que as imagens dos circuitos de segurança do Aeroporto Internacional de Roma comprovarão essa dinâmica. O que dizem os investigados O casal Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão negou, em depoimento à Polícia Federal, ter agredido o filho de Alexandre de Moraes. Segundo a defesa, Roberto admite ter "afastado com o braço" o filho do ministro para defender a esposa. Ele relata que Andreia e Roberto foram vítimas de ofensas por parte do filho de Moraes. Eles afirmam que, na verdade, foram vítimas de ofensas por parte do filho de Moraes, segundo o advogado de defesa Ralph Tórtima Stettinger. Andréia admite que comentou que Moraes teria recebido privilégio ao entrar em uma sala VIP do aeroporto que eles não conseguiram acessar – mas que falou isso quando o ministro já não estava no local. Roberto afirmou à PF, ainda, que não sabia que a discussão era com o filho de um ministro do STF. "Somente quando desembarcaram e foram abordados pela Polícia Federal no aeroporto é que tomaram conhecimento que se tratava de um filho do ministro", diz. Advogado diz que Alexandre de Moraes fez ofensas à família no aeroporto de Roma