X no Brasil diz ao STF que não tem poder de decidir sobre cumprimento de ordens judiciais

Segundo advogados do escritório brasileiro da plataforma, responsabilidade pelo acatamento de decisões da Justiça cabe às representações da empresa nos EUA e na Irlanda. Ameaças de Elon Musk de descumprir ordens judiciais brasileiras provocam novas reações A defesa do escritório da rede X no Brasil afirmou nesta terça-feira (9) ao Supremo Tribunal Federal que a representação brasileira não tem controle sobre o cumprimento de decisões judiciais e nem “capacidade” de interferir na administração internacional da plataforma. Segundo os advogados, o X Brasil não responde pelas ordens de bloqueio, sendo que o cumprimento de decisões judiciais é de responsabilidade das empresas que são sediadas nos EUA e na Irlanda. “Deve-se, no entanto, pontuar limites jurídicos, técnicos e físicos do X BRASIL e, notadamente de seu representante legal. Eles não detêm capacidade alguma para interferir na administração e operação da plataforma, tampouco autoridade para a tomada de decisões relativas ao cumprimento de ordens judiciais nesse sentido", escreveram. O documento, no entanto, afirma que a plataforma sempre coopera com a Justiça no Brasil. "Essas ações estão enraizadas em uma longa tradição de respeito com as instâncias judiciárias e autoridades nacionais. Não obstante a interposição de recursos cabíveis, a X BRASIL diligenciou junto às Operadoras do X as quais empresas deram cumprimento a dezenas de ordens judiciais, englobando medidas como bloqueio de contas, preservação de conteúdo e fornecimento de dados de usuários”. A defesa apontou que "o poder decisório e a responsabilidade pelo cumprimento de ordens judiciais, quer preexistentes, quer futuras, recai exclusivamente sobre as Operadoras do X, não englobando o X BRASIL. O objeto de atividade da X BRASIL é completamente distinto das Operadoras". Os advogados sustentam que "o X BRASIL, por sua vez, é empresa estabelecida no Brasil, dotada de personalidade jurídica própria, autônoma e independente das Operadoras do X, e que não possui qualquer relação com a gestão, operacionalização e administração da plataforma . Os negócios da X BRASIL se restringem à comercialização, monetização e promoção da rede de informação Twitter, além da veiculação de materiais de publicidade na internet e de outros serviços e negócios relacionados".

X no Brasil diz ao STF que não tem poder de decidir sobre cumprimento de ordens judiciais
Segundo advogados do escritório brasileiro da plataforma, responsabilidade pelo acatamento de decisões da Justiça cabe às representações da empresa nos EUA e na Irlanda. Ameaças de Elon Musk de descumprir ordens judiciais brasileiras provocam novas reações A defesa do escritório da rede X no Brasil afirmou nesta terça-feira (9) ao Supremo Tribunal Federal que a representação brasileira não tem controle sobre o cumprimento de decisões judiciais e nem “capacidade” de interferir na administração internacional da plataforma. Segundo os advogados, o X Brasil não responde pelas ordens de bloqueio, sendo que o cumprimento de decisões judiciais é de responsabilidade das empresas que são sediadas nos EUA e na Irlanda. “Deve-se, no entanto, pontuar limites jurídicos, técnicos e físicos do X BRASIL e, notadamente de seu representante legal. Eles não detêm capacidade alguma para interferir na administração e operação da plataforma, tampouco autoridade para a tomada de decisões relativas ao cumprimento de ordens judiciais nesse sentido", escreveram. O documento, no entanto, afirma que a plataforma sempre coopera com a Justiça no Brasil. "Essas ações estão enraizadas em uma longa tradição de respeito com as instâncias judiciárias e autoridades nacionais. Não obstante a interposição de recursos cabíveis, a X BRASIL diligenciou junto às Operadoras do X as quais empresas deram cumprimento a dezenas de ordens judiciais, englobando medidas como bloqueio de contas, preservação de conteúdo e fornecimento de dados de usuários”. A defesa apontou que "o poder decisório e a responsabilidade pelo cumprimento de ordens judiciais, quer preexistentes, quer futuras, recai exclusivamente sobre as Operadoras do X, não englobando o X BRASIL. O objeto de atividade da X BRASIL é completamente distinto das Operadoras". Os advogados sustentam que "o X BRASIL, por sua vez, é empresa estabelecida no Brasil, dotada de personalidade jurídica própria, autônoma e independente das Operadoras do X, e que não possui qualquer relação com a gestão, operacionalização e administração da plataforma . Os negócios da X BRASIL se restringem à comercialização, monetização e promoção da rede de informação Twitter, além da veiculação de materiais de publicidade na internet e de outros serviços e negócios relacionados".