Nardoni, Cravinhos e Gil Rugai: Projeto que proíbe 'saidinha' vai tirar benefício de presos em casos de grande repercussão

Projeto que proíbe saída temporária de presos foi aprovado Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (20). Texto ainda depende de sanção presidencial para que vire lei. Nardoni, Rugai, Cravinhos e Lindemberg: Detentos são beneficiados pela ‘saidinha’ temporária em Tremembé Reprodução Com a aprovação do projeto que proíbe a saída temporária de presos em regime semiaberto no país, detento de casos de grande repercussão, como Alexandre Nardoni, Gil Rugai, Cristian Cravinhos e Lindemberg Alves, podem perder o benefício. O projeto, que já havia sido foi aprovado pelo Senado, foi aprovado também pelo Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (20). O texto agora vai para sanção presidencial. Caso seja vetado, o Congresso Nacional pode derrubar o veto - leia mais detalhes abaixo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Deputados e senadores aprovam o fim da saída temporária de presos em feriados O benefício é concedido pela Justiça durante o cumprimento da pena e usado como forma de ressocialização dos presos e manutenção de vínculo deles com o mundo fora do sistema prisional. A saidinha existe desde 1984 com base na Lei de Execução Penal. De acordo com a lei, os presos em regime semiaberto têm direito a quatro saídas ao ano. O calendário é definido pelo judiciário. Neste ano, a primeira saidinha no Estado de São Paulo aconteceu entre os dias 12 e 18 de março. Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo Laurene Santos/TV Vanguarda Condenador por matar a própria filha, Alexandre Nardoni está preso, atualmente no regime semiaberto, na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como P2, em Tremembé, no interior de São Paulo. Caso o projeto se torne lei, Nardoni perderia o benefício. Além dele, diversos outros detentos do mesmo presídio, conhecido por ter presos envolvidos em casos de grande repercussão nacional, também perderiam. Cristian Cravinhos, condenado após participar da morte do casal Richthofen, Gil Rugai, preso acusado pela morte do pai e da madrasta, e Lindemberg Alves, detido por manter em cárcere privado e matar a ex-namorada Eloá Pimentel, estão entre eles. Alexandre Nardoni Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo/Arquivo Projeto aprovado pela Câmara dos Deputados A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (20) o projeto de lei que acaba com as "saidinhas" de presos em feriados. O texto segue para sanção presidencial. Atualmente, a saída temporária permite que os detentos do regime semiaberto realizem: visitas à família; cursos profissionalizantes, de ensino médio e de ensino superior; e atividades de retorno do convívio social. O projeto foi alterado durante sua aprovação no Senado, em fevereiro, que manteve uma exceção para a saída temporária, no caso dos detentos de baixa periculosidade que forem realizar cursos estudantis ou profissionalizantes. A alteração foi mantida pela Câmara na votação desta quarta-feira. O relator da proposta é o deputado Guilherme Derrite (PL-SP). Ele se licenciou do cargo de Secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, no governo Tarcísio de Freitas, apenas para atuar na aprovação da pauta. Após a votação do projeto, ele retornará ao cargo como secretário. Secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite (PL-SP) voltou à Câmara para relatar o projeto. Mario Agra/Câmara dos Deputados No relatório, Derrite alegou que a sociedade se opõe ao benefício da saída temporária de detentos. "A saidinha dos feriados é algo que a sociedade não tolera mais. Assim, ao se permitir que presos ainda não reintegrados ao convívio social se beneficiem de 35 dias por ano para desfrutar da vida em liberdade, o poder público coloca toda a população em risco", escreveu em seu relatório. Para especialistas, acabar com 'saidinha' de presos em feriados atrapalha a ressocialização Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

Nardoni, Cravinhos e Gil Rugai: Projeto que proíbe 'saidinha' vai tirar benefício de presos em casos de grande repercussão

Projeto que proíbe saída temporária de presos foi aprovado Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (20). Texto ainda depende de sanção presidencial para que vire lei. Nardoni, Rugai, Cravinhos e Lindemberg: Detentos são beneficiados pela ‘saidinha’ temporária em Tremembé Reprodução Com a aprovação do projeto que proíbe a saída temporária de presos em regime semiaberto no país, detento de casos de grande repercussão, como Alexandre Nardoni, Gil Rugai, Cristian Cravinhos e Lindemberg Alves, podem perder o benefício. O projeto, que já havia sido foi aprovado pelo Senado, foi aprovado também pelo Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (20). O texto agora vai para sanção presidencial. Caso seja vetado, o Congresso Nacional pode derrubar o veto - leia mais detalhes abaixo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Deputados e senadores aprovam o fim da saída temporária de presos em feriados O benefício é concedido pela Justiça durante o cumprimento da pena e usado como forma de ressocialização dos presos e manutenção de vínculo deles com o mundo fora do sistema prisional. A saidinha existe desde 1984 com base na Lei de Execução Penal. De acordo com a lei, os presos em regime semiaberto têm direito a quatro saídas ao ano. O calendário é definido pelo judiciário. Neste ano, a primeira saidinha no Estado de São Paulo aconteceu entre os dias 12 e 18 de março. Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo Laurene Santos/TV Vanguarda Condenador por matar a própria filha, Alexandre Nardoni está preso, atualmente no regime semiaberto, na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como P2, em Tremembé, no interior de São Paulo. Caso o projeto se torne lei, Nardoni perderia o benefício. Além dele, diversos outros detentos do mesmo presídio, conhecido por ter presos envolvidos em casos de grande repercussão nacional, também perderiam. Cristian Cravinhos, condenado após participar da morte do casal Richthofen, Gil Rugai, preso acusado pela morte do pai e da madrasta, e Lindemberg Alves, detido por manter em cárcere privado e matar a ex-namorada Eloá Pimentel, estão entre eles. Alexandre Nardoni Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo/Arquivo Projeto aprovado pela Câmara dos Deputados A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (20) o projeto de lei que acaba com as "saidinhas" de presos em feriados. O texto segue para sanção presidencial. Atualmente, a saída temporária permite que os detentos do regime semiaberto realizem: visitas à família; cursos profissionalizantes, de ensino médio e de ensino superior; e atividades de retorno do convívio social. O projeto foi alterado durante sua aprovação no Senado, em fevereiro, que manteve uma exceção para a saída temporária, no caso dos detentos de baixa periculosidade que forem realizar cursos estudantis ou profissionalizantes. A alteração foi mantida pela Câmara na votação desta quarta-feira. O relator da proposta é o deputado Guilherme Derrite (PL-SP). Ele se licenciou do cargo de Secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, no governo Tarcísio de Freitas, apenas para atuar na aprovação da pauta. Após a votação do projeto, ele retornará ao cargo como secretário. Secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite (PL-SP) voltou à Câmara para relatar o projeto. Mario Agra/Câmara dos Deputados No relatório, Derrite alegou que a sociedade se opõe ao benefício da saída temporária de detentos. "A saidinha dos feriados é algo que a sociedade não tolera mais. Assim, ao se permitir que presos ainda não reintegrados ao convívio social se beneficiem de 35 dias por ano para desfrutar da vida em liberdade, o poder público coloca toda a população em risco", escreveu em seu relatório. Para especialistas, acabar com 'saidinha' de presos em feriados atrapalha a ressocialização Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina