Imprensa é impedida de acompanhar depoimentos de testemunhas à comissão da Câmara de Ponta Grossa que avalia cassação de vereador condenado por assédio sexual e rachadinha
Justificativa foi preservar intimidade das testemunhas e do vereador, mas Câmara disse que depois disponibilizaria conteúdo na íntegra a quem pedisse oficialmente. Regimento prevê que sessões sejam públicas. Felipe Passos (PSDB) é vereador de Ponta Grossa Divulgação/Câmara Municipal A imprensa foi impedida de acompanhar os depoimentos de testemunhas à Comissão Parlamentar Processante (CPP) da Câmara de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, que avalia se vai cassar o mandato do vereador Felipe Passos (PSDB). O procedimento foi aberto após ele ser condenado na Justiça por assédio sexual e rachadinha, ambos os crimes cometidos contra um mesmo homem, que trabalhava como assessor do gabinete de Passos. A defesa do parlamentar recorreu da decisão e diz que o vereador é inocente. Os depoimentos começaram nesta quarta-feira (8). O Artigo 69 do Regimento Interno da Câmara estabelece que as sessões devem ser públicas. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram "A Comissão Parlamentar Processante limitou o acesso da imprensa para preservar a intimidade e vida privada das testemunhas e do próprio vereador denunciado, por se tratar também de denúncia de assédio sexual", disse a assessoria de imprensa da Câmara. Apesar da proibição do acompanhamento das falas ao vivo na sede do Poder público, a Câmara disse que os interessados em obter a gravação do conteúdo na íntegra podem pedir, depois, o acesso. Questionada sobre o porquê da proibição do acompanhamento ao vivo, sendo que o conteúdo na íntegra poderia ser disponibilizado depois, a comissão não respondeu. Durante os depoimentos, os profissionais tiveram o acesso restrito à sala de imprensa, onde foi possível fazer imagens, mas não ouvir a reunião, porque os alto-falantes ficaram desligados. A Câmara Municipal ressaltou que a decisão não foi da Câmara, mas sim da comissão. "A Câmara Municipal de Ponta Grossa informa que compete privativamente a Comissão Parlamentar Processante determinar a condução dos trabalhos, bem como, sobre medidas a serem tomadas para o andamento adequado do processo. Não sendo atribuição da Presidência da Casa interferir nas decisões das CPPs", disse em nota. Leia também: Alerta: Alagamento em cemitério pode provocar contaminação em poços e lençóis freáticos Fotos: Veja como estão pássaros nascidos de ovos encontrados em sutiã de passageira VÍDEO: Sucuri é capturada após 'viajar' em vidro de carro no Paraná CPP avalia cassação de Felipe Passos CPP que avalia cassação de Felipe Passos ouve testemunhas No dia 5 de outubro o g1 divulgou que Felipe Passos foi condenado pela Justiça pelo crime de assédio sexual e por dois crimes de concussão - uma das formas do ato conhecido como "rachadinha", quando um chefe exige parte do salário de um funcionário. Saiba mais abaixo. Na mesma semana, os vereadores criaram a Comissão Parlamentar Processante (CPP) para decidir se cassam o mandato do vereador por quebra de decoro parlamentar diante das condenações. Nesta quarta-feira (8), começaram os depoimentos à comissão. Quatro testemunhas de acusação seriam ouvidas pela comissão, mas apenas duas compareceram. Testemunhas de defesa e o próprio Felipe Passos serão ouvidos em outra data. De acordo com os prazos previstos no Regimento Interno da Câmara de Ponta Grossa, o processo deve estar concluído até janeiro, ou será arquivado. Condenado por rachadinha e assédio sexual A juíza Laryssa Angelica Copack Muniz, da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa, condenou Passos por três acusações, mas o absolveu de outras seis acusações de concussão e três de assédio sexual. Pelas duas acusações de rachadinha, o vereador foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão. Pelo assédio sexual, a um ano de detenção. A juíza também determinou multa de R$ 484,80 como parte da sentença. Porém, toda a pena - reclusão, detenção e multa - foi substituída por prestação de serviços à comunidade e ao pagamento de um salário mínimo ao Conselho da Comunidade. O advogado Herculano de Abreu Filho defende o vereador e disse que os valores recebidos por Passos são pagamentos de empréstimos feitos pelo parlamentar, e não exigências que configuram rachadinha. Em relação à acusação de assédio sexual, o advogado afirmou que a troca de mensagens entre o vereador e o assessor foi recíproca e que há, segundo ele, fotos das conversas que comprovam isso. As imagens não foram fornecidas à reportagem. Vídeos mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias do estado em g1 Paraná.
Justificativa foi preservar intimidade das testemunhas e do vereador, mas Câmara disse que depois disponibilizaria conteúdo na íntegra a quem pedisse oficialmente. Regimento prevê que sessões sejam públicas. Felipe Passos (PSDB) é vereador de Ponta Grossa Divulgação/Câmara Municipal A imprensa foi impedida de acompanhar os depoimentos de testemunhas à Comissão Parlamentar Processante (CPP) da Câmara de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, que avalia se vai cassar o mandato do vereador Felipe Passos (PSDB). O procedimento foi aberto após ele ser condenado na Justiça por assédio sexual e rachadinha, ambos os crimes cometidos contra um mesmo homem, que trabalhava como assessor do gabinete de Passos. A defesa do parlamentar recorreu da decisão e diz que o vereador é inocente. Os depoimentos começaram nesta quarta-feira (8). O Artigo 69 do Regimento Interno da Câmara estabelece que as sessões devem ser públicas. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram "A Comissão Parlamentar Processante limitou o acesso da imprensa para preservar a intimidade e vida privada das testemunhas e do próprio vereador denunciado, por se tratar também de denúncia de assédio sexual", disse a assessoria de imprensa da Câmara. Apesar da proibição do acompanhamento das falas ao vivo na sede do Poder público, a Câmara disse que os interessados em obter a gravação do conteúdo na íntegra podem pedir, depois, o acesso. Questionada sobre o porquê da proibição do acompanhamento ao vivo, sendo que o conteúdo na íntegra poderia ser disponibilizado depois, a comissão não respondeu. Durante os depoimentos, os profissionais tiveram o acesso restrito à sala de imprensa, onde foi possível fazer imagens, mas não ouvir a reunião, porque os alto-falantes ficaram desligados. A Câmara Municipal ressaltou que a decisão não foi da Câmara, mas sim da comissão. "A Câmara Municipal de Ponta Grossa informa que compete privativamente a Comissão Parlamentar Processante determinar a condução dos trabalhos, bem como, sobre medidas a serem tomadas para o andamento adequado do processo. Não sendo atribuição da Presidência da Casa interferir nas decisões das CPPs", disse em nota. Leia também: Alerta: Alagamento em cemitério pode provocar contaminação em poços e lençóis freáticos Fotos: Veja como estão pássaros nascidos de ovos encontrados em sutiã de passageira VÍDEO: Sucuri é capturada após 'viajar' em vidro de carro no Paraná CPP avalia cassação de Felipe Passos CPP que avalia cassação de Felipe Passos ouve testemunhas No dia 5 de outubro o g1 divulgou que Felipe Passos foi condenado pela Justiça pelo crime de assédio sexual e por dois crimes de concussão - uma das formas do ato conhecido como "rachadinha", quando um chefe exige parte do salário de um funcionário. Saiba mais abaixo. Na mesma semana, os vereadores criaram a Comissão Parlamentar Processante (CPP) para decidir se cassam o mandato do vereador por quebra de decoro parlamentar diante das condenações. Nesta quarta-feira (8), começaram os depoimentos à comissão. Quatro testemunhas de acusação seriam ouvidas pela comissão, mas apenas duas compareceram. Testemunhas de defesa e o próprio Felipe Passos serão ouvidos em outra data. De acordo com os prazos previstos no Regimento Interno da Câmara de Ponta Grossa, o processo deve estar concluído até janeiro, ou será arquivado. Condenado por rachadinha e assédio sexual A juíza Laryssa Angelica Copack Muniz, da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa, condenou Passos por três acusações, mas o absolveu de outras seis acusações de concussão e três de assédio sexual. Pelas duas acusações de rachadinha, o vereador foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão. Pelo assédio sexual, a um ano de detenção. A juíza também determinou multa de R$ 484,80 como parte da sentença. Porém, toda a pena - reclusão, detenção e multa - foi substituída por prestação de serviços à comunidade e ao pagamento de um salário mínimo ao Conselho da Comunidade. O advogado Herculano de Abreu Filho defende o vereador e disse que os valores recebidos por Passos são pagamentos de empréstimos feitos pelo parlamentar, e não exigências que configuram rachadinha. Em relação à acusação de assédio sexual, o advogado afirmou que a troca de mensagens entre o vereador e o assessor foi recíproca e que há, segundo ele, fotos das conversas que comprovam isso. As imagens não foram fornecidas à reportagem. Vídeos mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias do estado em g1 Paraná.