Homem é condenado a 200 anos de prisão por chacina em Colniza (MT)
Em abril de 2017, nove trabalhadores foram torturados e mortos. A motivação dos crimes seria a extração de recursos naturais da área. Chacina matou 9 trabalhadores em Colniza (MT) Reprodução/TVCA Ronaldo Dalmoneck foi submetido a júri popular, nessa quarta-feira (31), e condenado a 200 anos de prisão por homicídio qualificado praticado contra nove pessoas. Ele é o primeiro integrante do grupo de extermínio responsável pela Chacina que aconteceu em 2017, no município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá. As vítimas estavam em barracos erguidos na Gleba Taquaruçu do Norte, quando foram rendidas, torturadas e mortas. O g1 tenta localizar a defesa do condenado. A motivação dos crimes seria a extração de recursos naturais da área. A intenção do mandante do crime era assustar os moradores e expulsá-los das terras, para que ele pudesse, futuramente, ocupá-las. Durante o julgamento, os jurados acolheram as teses defendidas pelo Ministério Público de que os homicídios foram cometidos por motivo torpe, meio cruel e com a utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Veja quem são as vítimas: Izaul Brito dos Santos, de 50 anos Ezequias Santos de Oliveira, 26 anos Samuel Antônio da Cunha, 23 anos Francisco Chaves da Silva, 56 anos Aldo Aparecido Carlini, de 50 anos Edson Alves Antunes, 32 anos Valmir Rangeu do Nascimento, 55 anos Fábio Rodrigues dos Santos, de 37 anos Sebastião Ferreira de Souza, de 57 anos Caixões dos assassinados em chacina em Colniza (MT) Comissão Pastoral da Terra Ao todo, oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por envolvimento na chacina. Na primeira denúncia, cinco pessoas foram acusadas de cometerem homicídio triplamente qualificado, mas o processo foi desmembrado. Em julho de 2021, a Promotoria de Justiça de Colniza denunciou mais três pessoas. Segundo o MPMT, os denunciados agiram “cientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, por grupo de extermínio e sob pretexto de prestação de segurança privada”, matando nove pessoas por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa das vítimas. A Justiça não recebeu a denúncia do MPMT em relação a Alcides. A segunda denúncia, conforme o MPMT, foi resultado de uma nova linha de investigação, que apontou outros motivos para a execução do crime e a participação de mais pessoas, sendo dois mandantes e mais um executor. LEIA MAIS: Famílias de vítimas de chacina em Colniza (MT) pedem indenização de R$ 2,4 milhões Moradores de gleba onde ocorreu chacina sofrem atentados e casa é queimada, denuncia MP Moradores de região onde ocorreu chacina em MT denunciam ameaças e pontes queimadas
Em abril de 2017, nove trabalhadores foram torturados e mortos. A motivação dos crimes seria a extração de recursos naturais da área. Chacina matou 9 trabalhadores em Colniza (MT) Reprodução/TVCA Ronaldo Dalmoneck foi submetido a júri popular, nessa quarta-feira (31), e condenado a 200 anos de prisão por homicídio qualificado praticado contra nove pessoas. Ele é o primeiro integrante do grupo de extermínio responsável pela Chacina que aconteceu em 2017, no município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá. As vítimas estavam em barracos erguidos na Gleba Taquaruçu do Norte, quando foram rendidas, torturadas e mortas. O g1 tenta localizar a defesa do condenado. A motivação dos crimes seria a extração de recursos naturais da área. A intenção do mandante do crime era assustar os moradores e expulsá-los das terras, para que ele pudesse, futuramente, ocupá-las. Durante o julgamento, os jurados acolheram as teses defendidas pelo Ministério Público de que os homicídios foram cometidos por motivo torpe, meio cruel e com a utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Veja quem são as vítimas: Izaul Brito dos Santos, de 50 anos Ezequias Santos de Oliveira, 26 anos Samuel Antônio da Cunha, 23 anos Francisco Chaves da Silva, 56 anos Aldo Aparecido Carlini, de 50 anos Edson Alves Antunes, 32 anos Valmir Rangeu do Nascimento, 55 anos Fábio Rodrigues dos Santos, de 37 anos Sebastião Ferreira de Souza, de 57 anos Caixões dos assassinados em chacina em Colniza (MT) Comissão Pastoral da Terra Ao todo, oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por envolvimento na chacina. Na primeira denúncia, cinco pessoas foram acusadas de cometerem homicídio triplamente qualificado, mas o processo foi desmembrado. Em julho de 2021, a Promotoria de Justiça de Colniza denunciou mais três pessoas. Segundo o MPMT, os denunciados agiram “cientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, por grupo de extermínio e sob pretexto de prestação de segurança privada”, matando nove pessoas por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa das vítimas. A Justiça não recebeu a denúncia do MPMT em relação a Alcides. A segunda denúncia, conforme o MPMT, foi resultado de uma nova linha de investigação, que apontou outros motivos para a execução do crime e a participação de mais pessoas, sendo dois mandantes e mais um executor. LEIA MAIS: Famílias de vítimas de chacina em Colniza (MT) pedem indenização de R$ 2,4 milhões Moradores de gleba onde ocorreu chacina sofrem atentados e casa é queimada, denuncia MP Moradores de região onde ocorreu chacina em MT denunciam ameaças e pontes queimadas