'Rolezinhos': PM recebe mais de 2 mil denúncias de barulhos de motos

Ocorrências foram registradas em várias regiões da Grande BH e interior de Minas Gerais. PM recebe 2 mil denúncias de perturbação por moto apenas na Grande BH A Polícia Militar (PM) recebeu, da noite de domingo (24) até a manhã desta segunda-feira (25), mais de 2 mil denúncias de barulhos feitos por motociclistas. As ocorrências, conhecidas popularmente como "rolezinhos", foram registradas em várias regiões da Grande BH e interior de Minas Gerais. Os moradores, que têm medo de mostrar o rosto, filmaram a confusão da janela de casa. A avenida de onde vem o barulho fica a três quarteirões. No vídeo, dá para perceber que a tranquilidade em Santa Luzia passou longe na véspera do Natal. “Não deixa a gente dormir, que atrapalha, por exemplo, a nossa comemoração de Natal. Foi a tarde inteira, aquele barulho absurdo até as três horas da madrugada. Nós ligamos várias vezes para a polícia, e a resposta que a gente teve foi 'não temos contingente para atender todo mundo'. E como que a gente vai ficar? A gente vai ficar refém?”, questionou. Além de barulhento, o zigue-zague é perigoso. Os grupos se juntam para chamar a atenção, fazem imagens das infrações cometidas. Tem moto sem placa, motociclista em pé, em alta velocidade, sem capacete, uma e até duas mulheres na garupa. No Centro de BH, em plena Avenida Afonso Pena, a cena se repetiu com o garupa sem capacete. O piloto avançou o sinal vermelho e as manobras arriscadas continuam na Praça Sete. O grupo ainda passou por uma viatura da PM. Vídeos enviados por moradores de Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas Gerais, mostram que, quem coloca em risco a própria vida e a de quem passa por perto, não se incomoda com a presença da polícia. No bairro Jardim Vitória, na Região Nordeste de Belo Horizonte, os moradores também reclamam da falta de assistência. “Podem andar no bairro aqui fazendo a bagunça toda e não aparecer uma viatura, mesmo com mais de 40 chamadas. Falam que isso está geral, que não é uma exclusividade daqui do bairro”. Segundo a Polícia Militar, os grupos combinam os locais de encontro pela internet. Das 19h deste domingo (24) até as 10h desta segunda-feira (25), a PM recebeu mais de 2 mil chamadas de moradores de BH e Região Metropolitana reclamando da situação. A PM alerta: o motociclista que se comporta dessa forma comete crime de trânsito, sujeito a multa, apreensão da moto, suspensão da carteira e até prisão. A corporação afirmou que o número de chamadas foi quatro vezes maior do que em um plantão "normal" e que rendeu operações. Em uma blitz, em Ibirité, na Grande BH, um policial atirou com bala de borracha para reprimir um motociclista, sem capacete, e que pilotava de forma perigosa. Em Governador Valadares, no Leste do estado, militares apreenderam 42 motos e prenderam seis pessoas. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, moradores gravaram a blitz na avenida quando passavam dezenas de motos. Algumas voltaram na contramão quando os motociclistas viram uma viatura da PM. Pelo menos duas motos foram apreendidas. Segundo a porta-voz da PM, major Layla Brunnela, o trabalho de repressão vai continuar, com o apoio da Polícia Civil. “Não é diversão, é crime, tem um risco à vida de quem está fazendo, um risco às pessoas que estão nas ruas. São manobras perigosas, proibidas pelo código de trânsito brasileiro. Nosso serviço de inteligência tem levantado materiais e, a partir daí, é esse processo de investigação para identificar esses criminosos e sim conseguir prendê-los. E que eles sejam responsabilizados”. Vídeos mais assistidos do g1 Minas

'Rolezinhos': PM recebe mais de 2 mil denúncias de barulhos de motos
Ocorrências foram registradas em várias regiões da Grande BH e interior de Minas Gerais. PM recebe 2 mil denúncias de perturbação por moto apenas na Grande BH A Polícia Militar (PM) recebeu, da noite de domingo (24) até a manhã desta segunda-feira (25), mais de 2 mil denúncias de barulhos feitos por motociclistas. As ocorrências, conhecidas popularmente como "rolezinhos", foram registradas em várias regiões da Grande BH e interior de Minas Gerais. Os moradores, que têm medo de mostrar o rosto, filmaram a confusão da janela de casa. A avenida de onde vem o barulho fica a três quarteirões. No vídeo, dá para perceber que a tranquilidade em Santa Luzia passou longe na véspera do Natal. “Não deixa a gente dormir, que atrapalha, por exemplo, a nossa comemoração de Natal. Foi a tarde inteira, aquele barulho absurdo até as três horas da madrugada. Nós ligamos várias vezes para a polícia, e a resposta que a gente teve foi 'não temos contingente para atender todo mundo'. E como que a gente vai ficar? A gente vai ficar refém?”, questionou. Além de barulhento, o zigue-zague é perigoso. Os grupos se juntam para chamar a atenção, fazem imagens das infrações cometidas. Tem moto sem placa, motociclista em pé, em alta velocidade, sem capacete, uma e até duas mulheres na garupa. No Centro de BH, em plena Avenida Afonso Pena, a cena se repetiu com o garupa sem capacete. O piloto avançou o sinal vermelho e as manobras arriscadas continuam na Praça Sete. O grupo ainda passou por uma viatura da PM. Vídeos enviados por moradores de Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas Gerais, mostram que, quem coloca em risco a própria vida e a de quem passa por perto, não se incomoda com a presença da polícia. No bairro Jardim Vitória, na Região Nordeste de Belo Horizonte, os moradores também reclamam da falta de assistência. “Podem andar no bairro aqui fazendo a bagunça toda e não aparecer uma viatura, mesmo com mais de 40 chamadas. Falam que isso está geral, que não é uma exclusividade daqui do bairro”. Segundo a Polícia Militar, os grupos combinam os locais de encontro pela internet. Das 19h deste domingo (24) até as 10h desta segunda-feira (25), a PM recebeu mais de 2 mil chamadas de moradores de BH e Região Metropolitana reclamando da situação. A PM alerta: o motociclista que se comporta dessa forma comete crime de trânsito, sujeito a multa, apreensão da moto, suspensão da carteira e até prisão. A corporação afirmou que o número de chamadas foi quatro vezes maior do que em um plantão "normal" e que rendeu operações. Em uma blitz, em Ibirité, na Grande BH, um policial atirou com bala de borracha para reprimir um motociclista, sem capacete, e que pilotava de forma perigosa. Em Governador Valadares, no Leste do estado, militares apreenderam 42 motos e prenderam seis pessoas. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, moradores gravaram a blitz na avenida quando passavam dezenas de motos. Algumas voltaram na contramão quando os motociclistas viram uma viatura da PM. Pelo menos duas motos foram apreendidas. Segundo a porta-voz da PM, major Layla Brunnela, o trabalho de repressão vai continuar, com o apoio da Polícia Civil. “Não é diversão, é crime, tem um risco à vida de quem está fazendo, um risco às pessoas que estão nas ruas. São manobras perigosas, proibidas pelo código de trânsito brasileiro. Nosso serviço de inteligência tem levantado materiais e, a partir daí, é esse processo de investigação para identificar esses criminosos e sim conseguir prendê-los. E que eles sejam responsabilizados”. Vídeos mais assistidos do g1 Minas