Dólar opera em alta, enquanto mercado repercute novos dados econômicos do Brasil e do exterior

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,09%, vendida a R$ 4,8022, renovando o menor fechamento em um ano. Dólar opera em baixa nesta sexta-feira Alexander Mils/Pexels O dólar opera em alta nesta sexta-feira (16), em um movimento de correção das baixas registradas nos últimos pregões. Em um dia de agenda mais fraca, o mercado acompanha o resultado da prévia do PIB do Banco Central do Brasil (BC) e dados de inflação divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Investidores também repercutem algumas divulgações do exterior, com destaque para decisões de juros na Europa, na China e no Japão. Às 11h33, a moeda norte-americana subia 0,31%, cotada a R$ 4,8170. Veja mais cotações. No dia anterior, o dólar fechou em leve queda de 0,09% e fechou cotado a R$ 4,8022, renovando o menor patamar em um ano. Com o resultado, a moeda passou a acumular quedas de: 1,52% na semana; 5,34% no mês; 9,01% no ano. ENTENDA: O que faz o dólar subir ou cair em relação ao real COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro? DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O BC divulgou, nesta manhã, o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril, o indicador registrou expansão de 0,56% na comparação com março, quando houve uma retração de 0,14%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE. Também nesta manhã, a FGV divulgou o Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) de junho. Esse índice mede a inflação acumulada entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês corrente e, em junho, teve uma queda de 2,20%, a maior redução em toda a série histórica, iniciada em 1993. Nos últimos 12 meses, a baixa acumulada é de 6,31%. O IGP-10 é composto por três subíndices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que me de a inflação no atacado e recuou 3,14% no mês; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com queda de 0,18% puxada pelo grupo de Transportes; o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que foi o único que avançou, com alta de 1,19% em junho. Esses resultados vão em linha com os dados observados na última divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que reflete a inflação oficial do país. Em maio, o IPCA subiu 0,23%, numa forte desaceleração e bem abaixo das expectativas do mercado. Entre os grupos que mais caíram naquele mês, destaque também para Transportes. Uma redução da inflação, segundo especialistas, reforça as expectativas de que o BC pode iniciar um ciclo de baixa na Selic, taxa básica de juros, em breve. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição é na próxima semana. Mercados internacionais No exterior, investidores repercutem as últimas decisões de políticas monetárias em diversos países. Ontem, o Banco Central Europeu (BCE) elevou os custos de empréstimos pela oitava vez consecutiva, em 0,25 ponto percentual, para 3,5% ao ano, o mais nível em 22 anos. Hoje, o chefe do banco central belga, Pierre Wunsch, disse que o BCE só vai interromper o ciclo de altas se observar uma "queda substancial" da inflação. Mais cedo, foi divulgado o Índice de Preços ao Consumidor da zona do euro, que apresentou alta acumulada de 6,1% nos últimos 12 meses até maio, ante 7% em abril. No Japão, "o limite para o rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos foi mantido em 0,5% e as taxas de juros de curto prazo continuam em -0,1%", apesar de uma inflação mais forte que o esperado, destaca a equipe de análise do BTG Pactual. Ainda no continente asiático, a China cortou algumas de suas principais taxas de juros no dia anterior, como forma de tentar estimular a atividade na segunda maior economia do mundo, que vem desacelerando. O governo chinês deve anunciar, em breve, novos estímulos econômicos.

Dólar opera em alta, enquanto mercado repercute novos dados econômicos do Brasil e do exterior

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,09%, vendida a R$ 4,8022, renovando o menor fechamento em um ano. Dólar opera em baixa nesta sexta-feira Alexander Mils/Pexels O dólar opera em alta nesta sexta-feira (16), em um movimento de correção das baixas registradas nos últimos pregões. Em um dia de agenda mais fraca, o mercado acompanha o resultado da prévia do PIB do Banco Central do Brasil (BC) e dados de inflação divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Investidores também repercutem algumas divulgações do exterior, com destaque para decisões de juros na Europa, na China e no Japão. Às 11h33, a moeda norte-americana subia 0,31%, cotada a R$ 4,8170. Veja mais cotações. No dia anterior, o dólar fechou em leve queda de 0,09% e fechou cotado a R$ 4,8022, renovando o menor patamar em um ano. Com o resultado, a moeda passou a acumular quedas de: 1,52% na semana; 5,34% no mês; 9,01% no ano. ENTENDA: O que faz o dólar subir ou cair em relação ao real COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro? DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O BC divulgou, nesta manhã, o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril, o indicador registrou expansão de 0,56% na comparação com março, quando houve uma retração de 0,14%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE. Também nesta manhã, a FGV divulgou o Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) de junho. Esse índice mede a inflação acumulada entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês corrente e, em junho, teve uma queda de 2,20%, a maior redução em toda a série histórica, iniciada em 1993. Nos últimos 12 meses, a baixa acumulada é de 6,31%. O IGP-10 é composto por três subíndices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que me de a inflação no atacado e recuou 3,14% no mês; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com queda de 0,18% puxada pelo grupo de Transportes; o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que foi o único que avançou, com alta de 1,19% em junho. Esses resultados vão em linha com os dados observados na última divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que reflete a inflação oficial do país. Em maio, o IPCA subiu 0,23%, numa forte desaceleração e bem abaixo das expectativas do mercado. Entre os grupos que mais caíram naquele mês, destaque também para Transportes. Uma redução da inflação, segundo especialistas, reforça as expectativas de que o BC pode iniciar um ciclo de baixa na Selic, taxa básica de juros, em breve. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição é na próxima semana. Mercados internacionais No exterior, investidores repercutem as últimas decisões de políticas monetárias em diversos países. Ontem, o Banco Central Europeu (BCE) elevou os custos de empréstimos pela oitava vez consecutiva, em 0,25 ponto percentual, para 3,5% ao ano, o mais nível em 22 anos. Hoje, o chefe do banco central belga, Pierre Wunsch, disse que o BCE só vai interromper o ciclo de altas se observar uma "queda substancial" da inflação. Mais cedo, foi divulgado o Índice de Preços ao Consumidor da zona do euro, que apresentou alta acumulada de 6,1% nos últimos 12 meses até maio, ante 7% em abril. No Japão, "o limite para o rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos foi mantido em 0,5% e as taxas de juros de curto prazo continuam em -0,1%", apesar de uma inflação mais forte que o esperado, destaca a equipe de análise do BTG Pactual. Ainda no continente asiático, a China cortou algumas de suas principais taxas de juros no dia anterior, como forma de tentar estimular a atividade na segunda maior economia do mundo, que vem desacelerando. O governo chinês deve anunciar, em breve, novos estímulos econômicos.