Desvio no DFTrans: analista do MPDFT recrutava jovens advogados para esquema, diz polícia

Investigação aponta que Suedney dos Santos ficava com maior parte dos honorários pagos. Servidor é investigado por receber R$ 140 mil de grupo suspeito de lavar dinheiro desviado do DFTrans; ele está foragido. Analista do MPDFT, Suedney dos Santos Reprodução O analista do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) — suspeito de participar de um esquema de lavagem de dinheiro desviado do extinto sistema de bilhetagem DFTrans — recrutava jovens advogados para atuar na defesa da rede de empresas investigadas, segundo a Polícia Civil. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 DF no WhatsApp. Segundo a investigação, Suedney dos Santos chegou a receber R$ 140 mil da organização criminosa (veja detalhes abaixo). A Polícia Civil afirma que o analista escolhia os advogados e dividia parte dos honorários com eles — a maioria dos valores ficava com ele. Conforme as investigações, o suspeito prestava "consultoria" para a organização criminosa, fazendo as minutas e pedindo para os advogados assinarem as peças, já que não podia advogar em razão do cargo público. Advogados ouvidos pela Polícia Civil afirmam que o analista exigia que os valores de alvarás expedidos em favor das empresas investigadas fossem creditados diretamente na conta dele. Uma das advogadas cooptadas por Suedney atuou na defesa das empresas investigadas e repassou valores referentes a um alvará judicial para o analista em novembro de 2023, apontam os investigadores. Operação Old West Em dezembro de 2023, foram cumpridos nove mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão, em Brazlândia, contra suspeitos de participar do esquema. Suedney dos Santos está foragido. Durante as buscas, investigadores da PCDF encontraram documentos escondidos na laje da casa de um empresário suspeito de integrar a organização criminosa. Entre os recibos, os policiais encontraram diversos comprovantes de pagamentos para o analista do MPDFT, feitos entre 2017 e 2019. Os valores foram transferidos para as contas da esposa e da mãe do analista. Além disso, os policiais também identificaram o pagamento de uma fatura de cartão de crédito do servidor. A chamada "Operação Old West" é um desdobramento da operação Trickser que, em 2018 identificou "condutas de corrupção e desvio milionários" do antigo sistema de bilhetagem da capital. Segundo a apuração da 18ª Delegacia de Polícia, de Brazlândia, após a ação anterior, o grupo formou uma organização criminosa para lavar dinheiro e evitar bloqueios judiciais. LEIA TAMBÉM: Polícia faz operação contra grupo suspeito de lavar dinheiro desviado do DFTrans Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

Desvio no DFTrans: analista do MPDFT recrutava jovens advogados para esquema, diz polícia

Investigação aponta que Suedney dos Santos ficava com maior parte dos honorários pagos. Servidor é investigado por receber R$ 140 mil de grupo suspeito de lavar dinheiro desviado do DFTrans; ele está foragido. Analista do MPDFT, Suedney dos Santos Reprodução O analista do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) — suspeito de participar de um esquema de lavagem de dinheiro desviado do extinto sistema de bilhetagem DFTrans — recrutava jovens advogados para atuar na defesa da rede de empresas investigadas, segundo a Polícia Civil. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 DF no WhatsApp. Segundo a investigação, Suedney dos Santos chegou a receber R$ 140 mil da organização criminosa (veja detalhes abaixo). A Polícia Civil afirma que o analista escolhia os advogados e dividia parte dos honorários com eles — a maioria dos valores ficava com ele. Conforme as investigações, o suspeito prestava "consultoria" para a organização criminosa, fazendo as minutas e pedindo para os advogados assinarem as peças, já que não podia advogar em razão do cargo público. Advogados ouvidos pela Polícia Civil afirmam que o analista exigia que os valores de alvarás expedidos em favor das empresas investigadas fossem creditados diretamente na conta dele. Uma das advogadas cooptadas por Suedney atuou na defesa das empresas investigadas e repassou valores referentes a um alvará judicial para o analista em novembro de 2023, apontam os investigadores. Operação Old West Em dezembro de 2023, foram cumpridos nove mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão, em Brazlândia, contra suspeitos de participar do esquema. Suedney dos Santos está foragido. Durante as buscas, investigadores da PCDF encontraram documentos escondidos na laje da casa de um empresário suspeito de integrar a organização criminosa. Entre os recibos, os policiais encontraram diversos comprovantes de pagamentos para o analista do MPDFT, feitos entre 2017 e 2019. Os valores foram transferidos para as contas da esposa e da mãe do analista. Além disso, os policiais também identificaram o pagamento de uma fatura de cartão de crédito do servidor. A chamada "Operação Old West" é um desdobramento da operação Trickser que, em 2018 identificou "condutas de corrupção e desvio milionários" do antigo sistema de bilhetagem da capital. Segundo a apuração da 18ª Delegacia de Polícia, de Brazlândia, após a ação anterior, o grupo formou uma organização criminosa para lavar dinheiro e evitar bloqueios judiciais. LEIA TAMBÉM: Polícia faz operação contra grupo suspeito de lavar dinheiro desviado do DFTrans Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.